Nesse mês de fevereiro
a parábola lançou o livro - os doze trabalhos de hércules: do oral para o
escrito, organizado pelas autoras: Stella Maris Bortoni-Ricardo e Veruska
Ribeiro Machado. Eu sou autora de um capítulo intitulado - Ensino de redação
assistemático, espontaneísta e improvisado, vale a pena conferir essa obra de
grande relevância no cenário educacional do Brasil.
Segundo Bortoni-Ricardo, os
doze trabalhos de Hércules ― do oral para o escrito enfrenta, em doze
capítulos, questões capitais e urgentes para o ensino de língua no nível
fundamental: como e qual gramática ensinar nas séries iniciais? Pode-se, ou
não, corrigir variantes não padrão na fala do aluno? Privilegia-se o oral em
detrimento do escrito? Ou faz-se o inverso? Como organizar o uso do tempo em
sala de aula? Mais leitura, menos escrita? O contrário disso? Que fazer com os
trabalhos realizados pelos alunos? Melhor, que atividades realmente produtivas
propor a eles? Que fazer com a sabedoria de vida dos alunos da EJA no ciclo
fundamental? Questões como estas aliadas ao engessamento, a atividades
mecânicas, anódinas e ao não enfrentamento de uma discussão profícua sobre
currículos, planejamento, avaliação e trabalho interdisciplinar são obstáculos
que é preciso vencer para que o letramento deixe de ser conceito e se torne
prática efetiva em toda sala de aula, especialmente no sistema público de
ensino.